Estudos mostram que os alunos na 1ª série do ensino fundamental são
reprovados não só pelas dificuldades do processo em sala de aula mas
também que, as
crianças de classes menos favorecidas trazem mais fortes desvios de
linguagem pois há maior distanciamento entre a variação linguística e as
normas escolares.
Dados mostram também que a 1ªsérie configura-se como um funil pelo
qual passam poucos alunos da Rede Pública de Ensino.
Assim, impõe-se que se pense o processo de Alfabetização na perspectiva
da qualificação do Ensino Fundamental, para que este, no seu conjunto
garanta acesso, permanência e aprendizagens significativas a todos. A
Alfabetização, então, precisa constituir-se
no contexto do ensino e da aprendizagem da Língua Portuguesa numa
perspectiva que inclui de 1ª a 4ª séries as vivências sócio-escolares e a
construção dos conhecimentos relativos à leitura e a escrita.
Na Teoria do Construtivismo deve ser negociado as diferenças onde os
dois tem 50% de razão (al. x prof.). Numa relação construtivista deve
vencer o melhor argumento, ter uma relação democrática, sem abrir mão da
sua posição. Não ser permissivo pois a criança ainda não tem cabeça
elaborada para ser tratada somente com seus recursos.
A Teoria pressupõe um eterno refletir, cada criança dá a sua resposta.
As crianças "ativas" são a meta do construtivismo pois podemos trabalhar
seu desinteresse dentro de tarefas que envolvam o cooperativismo e o
envolvimento utilizando recursos e meios de acordo com a vida da
criança. Construtivismo significa Tempo - Paciência - Negociação onde
todos dependem uns dos outros.
Considerando-se que a Leitura do mundo precede a leitura da palavra e
que esta amplia o universo daquela. A alfabetização de crianças tem como
função a instrumentalização necessária para que a leitura do mundo se
amplie. Isso pressupõe a apropriação da língua escrita como objeto
social, mediadora das relações entre o sujeito e o meio.
Texto elaborado por Maria Lúcia F. Teixeira, educadora e pedagoga.
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