A literatura nacional começou a surgir no período colonial, ainda que sem traços de uma originalidade que projetasse uma escrita autenticamente brasileira. Nos séculos 17 e 18, destacaram-se os poetas, como o baiano Gregório de Matos no Barroco, e os que se envolveram na Inconfidência Mineira, como Cláudio Manuel da Costa, representantes do estilo neoclássico.
É uma fase em que a estética literária européia predomina na escrita desses autores.
Foi somente com o surgimento do Romantismo no século 19 que apareceram os primeiros escritores tanto na poesia quanto na prosa que trouxeram para a literatura brasileira elementos de nossa auto-afirmação como pátria. Elementos que estavam alinhados com o movimento político de independência do país em relação a Portugal. Um dos grandes romancistas brasileiros dessa época foi José de Alencar, autor de "O Guarani" (1857) e "Iracema" (1865).
Um importante salto qualitativo da literatura brasileira ocorre no fim do século 19 e início do 20, com duas escolas literárias. Na segunda metade do século 19, a influência das idéias do evolucionismo e do positivismo resultou numa narrativa que buscava uma análise social e psicológica dos personagens. Essa estética recebeu o nome de Realismo. Machado de Assis foi um dos expoentes desse movimento no Brasil e é considerado por boa parte da crítica e dos estudiosos o melhor escritor brasileiro de todos os tempos. Já nas primeiras décadas do século 20, o Brasil fez a sua própria versão do Modernismo, movimento artístico que eclodiu na Europa e conquistou o mundo. As obras modernistas brasileiras, como "Macunaíma", de Mário de Andrade, constituíram um dos mais ricos acervos literários de nossa história.
Na
foto: Machado de Assis, que é um dos cem escritores mais geniais de
todos os tempos, segundo o crítico norte-americano Harold Bloom, tem
duas obras-primas na lista dos dez melhores livros brasileiros.
Veja abaixo os dez melhores livros da literatura brasileira:
- Memórias Póstumas de Brás Cubas (1881) - Machado de Assis
- Dom Casmurro (1899) - Machado de Assis
- Os Sertões (1902) - Euclides da Cunha
- Triste Fim de Policarpo Quaresma (1915) - Lima Barreto
- Macunaíma (1928) - Mário de Andrade
- Vidas Secas (1938) - Graciliano Ramos
- O Tempo e o Vento (1949 - 1962) - Trilogia escrita por Érico Veríssimo
- Grande Sertão: Veredas (1956) - Guimarães Rosa
- Gabriela, Cravo e Canela (1958) - Jorge Amado
- A Hora da Estrela (1977) - Clarice Lispector
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